Saúde Bucal
Para ter uma boca saudável, a mesma alimentação recomendade pelo endocrinologista, também é recomendada pelos dentistas. Como exemplo, a pirâmide alimentar, que mostra as proporções de consumo dos alimentos: os açucares estão no topo, ou seja devem ser consumidos com moderação. Frutas e verduras estão na base e devem ser consumidas em maior quantidade.
Mas, o mais importante é sempre fazer a higiene da boca depois de cada uma dessas refeições.
Veja abaixo, o passo a passo da evolução de uma cárie
1- Restos de alimentos e bactérias se depositam nos dentes (placa bacteriana / biofilme).
2- O consumo de alimentos doces e a má higiene favorecem a fixação de germes na placa. Quando eles ingerem restos de comida, ocorre a produção de ácidos.
3- Assim, o pH fica ácido e os dentes reagem, perdendo minerais. No esmalte, aparecem manchas brancas: é a cárie incipiente.
4- A desmineralização continua e chega à dentina. Nesta faze, é possível sentir dor, uma vez que esta área tem pequenos canais por onde passam extensões nervosas da polpa.
5- Quando a cárie chega à polpa, por onde passam os nervos, é dor na certa. A doença primeiro causa inflamação, se não tratada, a polpa morre. a saída, então, é o tratamento de canal.
Distúrbios Alimentares
Muitas vezes o dentista é o primeiro a didentificar males como a bulimia e anorexia, pois eles afetam a saúde da boca.
Veja a seguir alguns hábitos bem comuns e os estragos que eles são capazes de provocar nos dentes:
Chupar limão em excesso
A fruta é riquíssima em vitamina C, o que é muito bom para o organismo, mas em excesso, tende a aumentar as chances de erosão, pois é um alimento extremamente ácido. Essa propriedade é capaz de alterar o ambiente bucal e desgastar o esmalte dos dentes.
Roer unhas
Essa mania pode desgastar a ponta dos dentes da frente, o que pode aumentar a sensibilidades dos mesmos. Há também possibilidade de redução do tamanho do dente, o que prejudica a estética.
Morder ou apertar os lábios
Com frequência, além de machucar os lábios, pode provocar alterações na mastigação, na deglutição e na fala. Sintomas mais frequentes desse hábito são lábios irritados, avermelhados e rachados.
Ficar com a caneta na boca
Aqui além do desgaste dos dentes, como no caso de roer unhas, pode haver uma pressão que empurra os dentes para a posição errada. O mais comum é o movimento de alavanca, que provoca o que se chama de mordida aberta. Isso ocorre porque o osso é um tecido moldável, que reage às pressões exercidas sobre ele e, assim pode ser remodelado.
Palitar os dentes
Se você estiver em um restaurante onde não houver fio dental à disposição no toalete, use palito, é melhor do que nada. Mas, cuidado para não machucar a gengiva, e assim que puder, faça a higiene, pois ele não livra ninguém da placa bacteriana.
Tatuar os lábios
Cuidado com a contaminação pelas agulhas utilizadas.
Piercing
Na boca pode ser encrenca. Quem tem não está livre de doenças, que podem variar de simples inflamações a problemas bem graves, como o câncer. Um estudo coordenado pelo cirurgião Arthur Cerri, da Universidade de Santo Amaro, em São Paulo, aponta alterações celulares em todos os 80 usuários de piercing na língua analisados. O adorno pode provocar trincas e fraturas nos dentes, inflamações na gengiva, mau hálito, feridas, infecções e perda de sensibilidade na língua. Outra pesquisa, realizada na Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, avaliou outro piercing, o labial. Segundo o trabalho, ele pode causar a retração das gengivas e levar à perda de dentes, além de provocar doenças periodontais.
Limpeza dos dentes
Escovar os dentes é um costume ancestral. Há milhares de anos, esse hábito já existia. Pequenos galhos eram pisoteados e amolecidos para serem usados como acessório de limpeza, mas o que chamamos de escova de dente, porém, demorou um tempo para aparecer.
O que importa na escovação é a frequência, pois escovar os dentes com força não melhora em nada a limpeza, somente castiga a gengiva, podendo inclusive causar uma retração da mesma, além de desgastar o esmalte dos dentes.
A escovação deve ser feita três vezes ao dia, sendo a noite, antes de dormir, a mais importante de todas, isso porque durante a madrugada a produção de saliva cai e a temperatura da boca aumenta. Ou seja, está criado o ambiente ideal para as bactérias.
Escova de Dentes
Ao comprar uma escova fique atento aos detalhes:
- Prefira uma escova com a cabeça pequena, capaz de alcançar até os últimos dentes.
- As cerdas devem ser macias ou extramacias e arredondadas, com tufos concentrados para nao ferir a gengiva.
Lembre-se também de cuidar da sua escova, senão ela pode ser habitada por microorganismos nocivos. O ideal é sempre lavá-la com muita água corrente e, ainda, borrifar antisséptico nas cerdas, para depois mantê-la em um local seco. Também é recomendável guardar a escova, em vez de deixá-la solta na pia, onde ela pode ser invadida por coliformes fecais que saltam da privada na hora da descarga, como apontam estudos recentes. E ao levá-la com você, na bolsa ou na pasta de trabalho, procure colocá-la dentreo de um estojo para evitar a contaminação.
Tipos de escovas:
Interdental - É usada para limpar próteses fixas, áreas grandes entre os dentes, ou higienizar lugares de acesso dificílimo.
Ortodôntica - Para quem usa aparelho fixo, ela é a mais recomendada - a depressão em forma de V nas cerdas serve para "encaixar" os dentes.
Elétrica - Elas simulam os movimentos manuais que seriam feitos com a escova convencional, como os laterais e rotatórios. Há evidências de que, quando comparados com as escovas tradicionais, algumas modelos elétricos são capazes de remover entre 6% e 17% mais placa e reduzir a gengivite em 17%. Mas como há escovas deste tipo que não são eficientes, não deixe de consultar seu dentista antes de usar uma.
Para a dentadura - Hoje existem no mercado escovas apropriadas, com cerdas duras, cabo longo e desenho adequado ao formato da prótese. Quem não tem um acessório desses pode limpar a dentadura com uma escova comum, mas de cerdas duras.