A Doença

A Doença

  • A doença infecciosa causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) a denominação de COVID-19 (do inglês Coronavirus Disease 19).

     
  • Os sintomas mais comuns da infecção pelo novo coronavírus são febre, tosse seca e fadiga. Outros sintomas relatados são perda de olfato e paladar, dor de garganta, dor de cabeça, congestão nasal (coriza), dor no corpo, náusea ou vômito, diarreia e calafrios.

    Algumas pessoas podem apresentar sintomas mais graves, como: dificuldade intensa para respirar ou desconforto respiratório; pressão duradoura no peito; saturação de oxigênio no sangue < 95%; coloração azulada na região dos lábios ou do rosto (cianose), febre persistente acima de 38ºC.

    Alguns infectados podem nem apresentar sintomas.

     
  • O período de incubação é o tempo entre a contaminação pelo vírus e o início dos sintomas da doença. 

    De acordo com a OMS, o período de incubação do coronavírus da Covid-19 varia de 1 a 14 dias, geralmente ficando em torno de 5 dias. 

     
  • Ao apresentar sintomas suspeitos, a indicação é fazer o teste para saber se você está mesmo infectado pelo SARS-CoV-2 (ver tópico “Testagem”). Buscar uma teleconsulta para se orientar é a melhor opção. 

    Confirmada a infecção, a recomendação para pessoas com sintomas leves e que não fazem parte de grupo de risco é permanecer em isolamento domiciliar. 

    Pessoas com sintomas graves devem sempre procurar atendimento médico. 

    Pessoas do grupo de risco devem sempre ser avaliadas por um profissional de saúde, mesmo apresentando sintomas leves, pois têm maior probabilidade de agravamento e risco de morte. Estão incluídos neste grupo:

    ● Idosos acima de 60 anos;
    ● Grávidas ou mulheres que tiveram o parto há menos de 2 semanas;
    ● Crianças menores de 5 anos;
    ● Indígenas e/ou população aldeada;
    ● Portadores de doenças pulmonares e de tuberculose;
    ● Portadores de doenças metabólicas e cardiovasculares;
    ● Obesos (IMC acima de 40);
    ● Imunossuprimidos ou em tratamento oncológico;
    ● Pacientes com distúrbios do desenvolvimento ou com doenças cromossômicas;
    ● Portadores de doenças nos rins, no fígado ou do sangue.

     
  • A pessoa com COVID-19 confirmada deve ficar isolada por no mínimo 10 dias, caso apresente apenas sintomas leves ou se os sintomas já regrediram antes do 9º dia. Caso contrário, são indicados pelo menos 14 dias.

    O isolamento em casa pede cuidados específicos, como a separação de objetos pessoais, limpeza imediata de banheiros com desinfetante após o uso e a destinação de um quarto exclusivo para o indivíduo. Se a casa tiver mais de um banheiro, o ideal é deixar um só para uso pela pessoa doente. 

    O cômodo com o doente isolado deve ficar com a porta fechada, mas é necessário manter a janela aberta para ter ventilação e entrada de luz solar.

    Quando conviver com as demais pessoas da casa, o doente deve usar máscara, manter um metro e meio de distância e não compartilhar sofás ou cadeiras. O ideal é que o contato com os outros moradores da residência seja minimizado.

    Outros cuidados importantes são:

    ● Não compartilhar toalhas, utensílios e aparelhos eletrônicos de uso pessoal;
    ● Fazer higiene constante do ambiente e das mãos;
    ● Trocar a própria roupa de cama;
    ● Ter uma lixeira exclusiva;
    ● Respeitar as recomendações médicas de isolamento e não sair de casa.

     
  • A maioria das pessoas sintomáticas (cerca de 80%) desenvolve doença respiratória leve a moderada e se recupera sem a necessidade de tratamento especial ou internação. Cerca de 15% adoecem mais gravemente, necessitando de internação, e 5% ficam criticamente doentes, necessitando de terapia intensiva.

    Complicações que levam à morte podem incluir insuficiência respiratória, síndrome respiratória aguda, sepse e choque séptico, tromboembolismo e insuficiência de múltiplos órgãos, incluindo lesão do coração, fígado ou rins.

     
  • Muitas pessoas recuperam-se completamente e não desenvolvem problemas após a doença. Mas até 80% dos recuperados sentem ao menos um sintoma nos meses seguintes à recuperação. Entre os mais comuns estão:

    ● Fadiga, cansaço ou fraqueza
    ● Falta de ar (ou dificuldade para respirar, respiração curta)
    ● Dores de cabeça
    ● Dores musculares
    ● Queda de cabelo
    ● Perda de paladar e olfato (temporária ou duradoura)
    ● Dor no peito
    ● Tontura
    ● Tromboses
    ● Palpitações e arritmias
    ● Depressão e ansiedade
    ● Distúrbios do sono
    ● Bexiga neurogênica (dificuldade de urinar de forma espontânea)
    ● Dificuldades de concentração, linguagem, raciocínio e memória
    ● Formigamento nas extremidades

    Levando isso em conta, é fundamental que a pessoa que teve Covid-19 faça uma avaliação médica após a doença para checar sua saúde geral. Essa avaliação é importante para tirar dúvidas, avaliar potenciais sequelas e determinar a necessidade de algum tipo de reabilitação ou melhor investigação nos casos de persistência de sintomas.

     
  • A taxa de letalidade refere à quantidade de pessoas que morreram por uma doença em relação à quantidade de infectados por ela (e não em relação à população total), ou seja, mede a porcentagem de pessoas infectadas que evoluem para óbito.

    A taxa de letalidade varia entre regiões e países, também muda com o tempo e é influenciada por diversos fatores, como: diferença na composição das populações (por exemplo, idade), subnotificações de casos, testagem, adoção de medidas de controle, sobrecarga de hospitais, entre outros.

    No Brasil, a taxa de letalidade da Covid-19 chegou a 6,9% em 2020, caindo para 2% no final daquele ano. Em março de 2021, a taxa tinha subido para 4,2%. No início de agosto, a taxa estava em 2,8% — próxima à média mundial de 2,12%.

    Os dados atualizados diariamente podem ser acompanhados no site da Universidade Johns Hopkins, clicando aqui (em inglês).

     
  • Ainda não sabemos com certeza sobre a duração da imunidade pela doença. 

    Inicialmente a comunidade científica falava em 3 meses, mas alguns estudos apontaram para uma proteção de 5 meses, 8 meses e até 1 ano. Contudo, a quantidade de estudos feitos e a amostragem utilizada ainda são insuficientes para uma conclusão. 

    Além disso, já sabemos que a infecção não gera 100% de imunidade, existindo o risco de reinfecção. Por isso, a recomendação é que as pessoas que já tiveram Covid-19 continuem adotando as medidas de proteção e busquem vacinar-se assim que possível.